Food safe = Material atende as exigências para determinado uso e não cria riscos a segurança do alimento.
As Leis do PLA
O PLA é completamente produzido a partir da polimerização do amido de fontes ricas em carboidratos como o amido de milho, tapioca, beterraba ou cana-de-açúcar. É um processo muito interessante, mas isso é tema para outro vídeo, então.. aproveite e já se inscreva no canal.
Para um material ser considerado food-safe pela FDA a “Agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos” ele precisa cumprir diversas exigências. Algumas marcas até conseguem. No entanto, devido a algumas particularidades das impressoras 3D e isso vale tanto para as FDM quando SLA. Acaba que nenhum material é food-safe…ou melhor não são food-safe para quem não ler o artigo até o final.
Separamos aqui os 4 principais argumentos de porque o PLA não é food-safe, analisamos se é pura baboseira ou se realmente é algo que deve se preocupar e por fim como pode se blindar de cada um desses problemas.
Aditivos
1º argumento – Aditivos – As cores usadas no PLA e outros possíveis aditivos como os para produção do PLA+ normalmente são tóxicas.
Isso realmente procede, verificando o datasheet de alguns filamentos, é possível notar que algumas cores específicas como vermelho, laranja e rosa costumam não passar nos testes.
Solução
Nesse caso a dica é sempre tentar usar um filamento de cor “pura“, “natural“.
Dormitórios para bactérias
2º argumento – Dormitórios para bactérias – As diversas camadas e buracos presentes nas peças são um paraíso para as bactérias que buscam um lugar para se alojar.
Esse geralmente é o argumento mais difundido e ele realmente procede, porém, existem diversas maneiras de se suprir isso.
Solução
1ª – Alguns estudos já foram feitos a esse respeito, a técnica mais simples consiste em você descartar o objeto após o uso, oque é pouco provável. No entanto, se for para um uso simples como beber água, você poderá utilizar esse recipiente por mais vezes.
2ª – Além disso, em diversos casos, um sabonete anti-bactericida, servirá muito bem, pois irá eliminar as bactérias ali presentes.
3ª – No entanto, você pode ir ainda mais além na proteção, utilizando revestimentos como as Resinas Epoxy 2001 e a 2004, pois elas são food safe após feitas seu processo de 7 dias de curagem.
É importante frisar que a peça deve estar razoavelmente lisa antes do revestimento, caso contrário as bactérias continuarão a se alojar nas cavidades. Para alisar a peça você pode usar os métodos tradicionais como a lixa d’agua e primer ou métodos químicos como, por exemplo o Clorofórmio e o diclorometano para o PLA. Outra informação importante a respeito dessas resinas é que os alimentos em contato com a ela não podem ultrapassar os 60 graus caso contrário ela se irá desmanchar.
Partículas na impressão
3º argumento – Partículas na impressão – Estudos recentes mostram que as partículas emitidas durante a impressão acabam por ir parar nas peças e serão ingeridas quando em contato com alimentos.
Isso também pode ser sanado ao se utilizar revestimentos food-safe.
Hotends contaminadores
4º argumento – Hotends contaminadores – Todos os materiais que já passaram pelo hotend deixam vestígios e vão passar para a peça e depois para o alimento. Além disso, os bicos de latão costumam conter chumbo e isso também acabará parando no alimento.
Novamente os revestimentos resolvem, porém, se pretende fazer objetos food-safe com frequência, vale a pena investir um pouco mais em um bico de aço inoxidável por ser mais seguro.
Tudo que foi dito até aqui também vale para as impressoras de resina, suas peças são muito lisas e isso ajudar a manter a assepsia, porém seus materiais são tóxicos.
Dica extra
Você pode também, a partir da peça escolhida criar moldes para depois fazer cópias de resina. Esse processo da trabalho, mas pode ser útil para quem precisar fazer muitos peças iguais.